Nova Alvorada do Sul (MS) – Em vez de apresentar documentos que o isentem das acusações, o vereador Rones Cesar, da Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul, optou por atacar o denunciante em suas redes sociais, levantando suspeitas sobre o teor e a seriedade de sua defesa.
A denúncia foi protocolada nesta semana por um morador da cidade, que acusa o parlamentar de ocultação de patrimônio e corrupção. Segundo o denunciante, o vereador teria solicitado vantagens indevidas ao secretário de governo para não fazer oposição à atual gestão municipal.
A base da denúncia são documentos oficiais extraídos do Detran e do Cartório de Registro de Imóveis. Neles, constariam bens – como veículos e imóveis – em nome do vereador, o que, segundo o morador, não havia sido devidamente declarado ou justificado. Os registros mostram, por exemplo, a existência de um imóvel registrado em nome de Rones Cesar na cidade de Glória de Dourados.
O que causa estranheza é que, até o momento, o vereador não apresentou nenhuma prova contestando os documentos. Não negou a propriedade dos bens, tampouco alegou falsificação ou qualquer tipo de fraude na documentação apresentada. Em vez disso, vem utilizando páginas em redes sociais ligadas a antigos desafetos da gestão atual para tentar desqualificar o denunciante, sugerindo tratar-se de uma perseguição política.
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Em uma das postagens feitas na manhã desta quinta-feira numa dessas paginas explicitas da oposicao, o parlamentar afirmou que a denúncia seria “recheada de contradições”, mas não explicou quais seriam essas supostas inconsistências. O vereador também sugeriu que tudo não passa de uma tentativa de desgastá-lo politicamente.
Entretanto, a denúncia é objetiva: ou os bens apontados pertencem ou não ao vereador. Caberia a ele apresentar provas em contrário. Em vez de se prontificar a esclarecer os fatos ou abrir mão publicamente do imóvel registrado em seu nome em Gloria de Dourados– gesto que poderia demonstrar boa-fé –, Rones Cesar anunciou que irá “para a briga”.
A atitude levanta questionamentos: se a denúncia é infundada, por que não apresentar documentos que desmintam as acusações? E, se são verdadeiras as informações extraídas de órgãos públicos, por que o vereador não se manifestou sobre a origem e a propriedade desses bens?
A população aguarda um posicionamento claro, técnico e fundamentado. O caso deverá ter desdobramentos nas próximas sessões da Câmara Municipal.
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