De cidade pacata a palco constante de cenas de violência e desordem, Nova Alvorada do Sul tem vivido um cenário preocupante nas noites de sexta a domingo. Os finais de semana, que antes eram marcados por tranquilidade ou, no máximo, casos pontuais de violência doméstica, agora são sinônimo de brigas generalizadas e confusão, especialmente nas imediações de bares, tabacarias e outros estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas.
A transformação no perfil das ocorrências chama atenção. Se antes os casos mais frequentes envolviam maridos embriagados causando confusão dentro de casa, agora são jovens — homens e mulheres — que protagonizam verdadeiros confrontos em plena via pública. As imagens e relatos que circulam nas redes sociais e grupos de mensagens mostram mulheres rolando pelo chão em brigas violentas, homens se agredindo fisicamente e uma plateia assistindo à barbárie como se fosse um espetáculo.
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Na semana retrasada, dois episódios chamaram a atenção. Em um dos casos, uma briga generalizada ocorreu em frente a um estabelecimento localizado nas proximidades do Detran, onde garrafas e cadeiras foram arremessadas, gerando pânico em quem passava pelo local. Em outro, no meio da rua, duas mulheres se envolveram em uma briga tão grave que uma delas tentou esfaquear a outra. Já neste último fim de semana, a confusão começou em uma tabacaria da região central e terminou na rua, com oito pessoas encaminhadas à delegacia.
Diante de tantos episódios violentos, fica a pergunta: como está a situação legal desses estabelecimentos? Eles possuem alvará de funcionamento? Estão com a documentação em dia junto ao Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Vigilância Sanitária? E até que horário estão autorizados a funcionar?
A omissão não pode continuar. Cabe à Prefeitura Municipal, em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público e Corpo de Bombeiros, realizar uma força-tarefa de fiscalização urgente. É preciso verificar a regularidade desses comércios e, se necessário, aplicar penalidades previstas na lei, inclusive o fechamento dos pontos que operam fora das normas. S e a lei está defasada cabe a Câmara Municipal elaborar uma lei mais atualizada e rigorosa.
Mais do que um problema de segurança pública, trata-se de uma questão social e de responsabilidade coletiva. Cada cidadão precisa ter consciência de seus atos. Mas também é dever do poder público garantir que a cidade não se transforme num território sem lei aos finais de semana. A população, que clama por paz e ordem, espera providências imediatas.
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