Os advogados de Donald Trump devem pedir a uma juíza nesta terça-feira (25) que impeça os promotores de usarem evidências essenciais para o processo criminal que acusa o ex-presidente dos Estados Unidos de manter ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo.
Espera-se que os advogados de Trump, o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, peçam à juíza distrital Aileen Cannon que suprima as provas apreendidas durante uma busca do FBI na casa e resort de Trump em Mar-a-Lago, em agosto de 2022, e outras coletadas de seu antigo advogado.
As provas são fundamentais para o caso apresentado pelo procurador Jack Smith, e Trump enfrenta obstáculos legais para excluí-las. Mas Cannon, que foi nomeada para o cargo por Trump, decidiu a seu favor em uma contestação anterior sobre a busca do FBI.
Os advogados de Trump têm argumentado que o mandado de busca de Mar-a-Lago violou a Constituição dos EUA porque forneceu aos agentes uma autoridade excessivamente ampla para vasculhar a propriedade e apreender possíveis provas.
Eles também argumentam que os promotores não relataram informações úteis para a defesa de Trump.
A busca revelou cerca de 100 documentos confidenciais escondidos na propriedade, levando a acusações de que Trump reteve informações confidenciais de segurança nacional quando deixou a Casa Branca em 2021.
Trump se declarou inocente de 40 acusações criminais e seus advogados têm montado uma enxurrada de desafios legais que tem adiado indefinidamente o julgamento do caso. É improvável que o processo chegue a um júri antes de Trump enfrentar o presidente Joe Biden na eleição de 5 de novembro.
Os promotores têm defendido a busca como apropriada e necessária. A operação ocorreu depois que os promotores souberam que Trump havia deliberadamente frustrado uma exigência legal de devolver quaisquer documentos confidenciais que permanecessem em Mar-a-Lago, de acordo com a acusação.
A audiência desta terça-feira concluirá três dias de argumentos perante Cannon sobre as contestações de Trump ao caso. Os advogados do ex-presidente argumentaram na sexta-feira e na segunda-feira que Smith foi nomeado ilegalmente e que sua investigação foi financiada indevidamente.
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