A presidente da Câmara de Vereadores de Amambai, Ligia Borges (PSDB), informou que os vereadores do Município não pretendem abrir comissão para avaliar a conduta de vereadores investigados na operação Laços Ocultos, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).
“A investigação não é relacionado à Câmara, mas aos empresários que são vereadores. O mandado era apenas para entrarem na sala do vereador. Não adentraram e não nos pediram nenhuma informação”, justificou a vereadora.
A vereadora pontua que não foram solicitados documentos para Câmara e reforça que o processo está em segredo de justiça. “A prisão é relacionada ao Valter Brito, empresário. O outro vereador não teve mandado de busca e apreensão na Câmara, apenas na empresa, e foi interrogado pelos policiais”, pontuou.
A reportagem indagou a vereadora sobre os contratos, que teriam sido firmados com a Prefeitura, passando pela influência dos vereadores, mas a presidente da Câmara reafirmou que, por enquanto, a Casa não abrirá comissão.
No total, foram 6 (seis) mandados de prisão preventiva e 44 (quarenta e quatro) mandados de busca e apreensão, nos Municípios de Amambai/MS, Campo Grande/MS, Bela Vista/MS, Naviraí/MS e Itajaí/SC. Os nomes dos outros presos não foram divulgados. O vereador Valter Brito foi preso e o vereador Gverson Vicentim foi alvo de mandado de busca.
Segundo levantamentos do Ministério Público, a organização criminosa atua há anos fraudando licitações públicas que possuem como objeto a contratação de obras e serviços de engenharia no Município de Amambai e outros, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos. Nos últimos seis anos, os valores dos contratos obtidos pelo grupo criminoso ultrapassam 78 milhões de reais.
“Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente pelo corpo técnico, detectaram superfaturamento e inexecução parcial, assim como análise realizada por órgão técnico do Ministério Público identificou pagamento de propina das empresas integrantes do grupo criminoso em benefício de agentes políticos e servidores públicos municipais responsáveis pela fiscalização das obras”, informou o MPE, em nota
A operação contou com apoio operacional do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Força Tática, todos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Laços ocultos, decorre do oculto vínculo apurado entre os investigados.
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